Antes de mais nada…
Antes de nada, gostaria de agradecer aos participantes da live e a todas as pessoas colaboradoras da FIBRA, em especial, ao Érmeson Vieira, meu companheiro nesse projeto, à Márcia Nunes, unipresente e, de modo muito especial, à Ana Isa, esse anjo bom que sobre os nossos conteúdos nos canais, e que também é unipresente! Que bom e que fácil é trabalhar com vocês, com o detalhe de que somos tod@s voluntári@s, imagina quando tivermos recursos! Gratidão!!!
Breve informação sobre la live
Esta emissão comemorativa do dia de Iemanjá (2 de fevereiro – em Madri – 17h de Brasília) apresentada por Elizabeth Firmino e Ermeson Vieira, discutirá a problemática dos indivíduos que têm ou tiveram que cruzar os mares para viver uma vida mais próspera ou mais livre.
As discussões se distribuirão em 3 blocos temáticos:
– IEMANJÁ: a matriz africana, a grande mãe.
– CAMINHOS DAS ÁGUAS: a questão da imigração.
– ENCONTROS COM O MAR: a pessoa imigrante.
Alguns de nossxs convidadxs são:
– Patrícia Cassimiro (Jornalista);
– Jorge Vox e outrxs.
– Edimilson Medeiros (sociólogo)
Dia de Iemanjá: Celebrado em 2 de fevereiro, de acordo com o sincretismo religioso brasileiro, na data dedicada à Nossa Senhora dos Navegantes.
Se busca abordar os temas da condição humana de imigrante, a poética dos orixás e a importância do elemento feminino na matriz africana, resgatando a valorização da sua presença na construção do Brasil.
A live se situa no terreno transfronteiriço do imaginário, da memória, da afetividade, do pertencimento, mas também do distanciamento e das dificuldades inerentes a um processo que, na atualidade, é objeto de punições desproporcionais e abusos aos Direitos Humanos. Porém, desse encontro com a realidade surgem novas reflexões e chamadas para a ação social.
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Como começou o projeto
Esse projeto começou quando eu fui convidada para dar um workshop de Teatro e Performance, em 2015, e pretendi trabalhar com os elementos estéticos e arquetípicos de IEMANJÁ, orixá feminino da tradição afro-brasileira, dentro da Poética de Orixás, que é a linha de pesquisa cênica que eu desenvolvo a muitos anos, que está delineada na minha tese doutoral.
Neste sentido, cabe informar que minha pesquisa no Candomblé começou em 1988, que me iniciei em 1990 e que recebi meus «Direitos»/ DECÁ, em 1997, na Obrigação de Sete Anos o que define o grau de Egbomi (Irmã Mais Velha) que ostento desde então. O fato de haver recebido o DECÁ, o que nunca é aleatória, mas sim, se realiza mediante consultar rituais aos oráculos, me habilitou, desde então, a exercer atividades como sacerdotisa, ou Mãe-de-Santo, podendo iniciar a outras pessoas – coisa que não ocorreu, pois não cheguei a iniciar ninguém até esse momento, mas não descarto esta possibilidade, já que forma parte do meu caminho de vida.
Ao invés de seguir pelo caminho religioso, abrindo minha própria casa, optei por retomar a pesquisa que havia iniciado em 1988, coisa que ocorreu a partir de 2001, para o qual contei com uma Bolsa de Iniciação Científica da FAPESP, entre 2001 e 2003, enquanto aluna do Instituto de Artes da UNESP, São Paulo. Esta pesquisa foi aprofundada nos meus estudos doutorais, realizados na Espanha entre 2007 e 2015, passando pela Universidade de Alcalá de Henares e pela Universidade Rey Juan Carlos. Obtive meu título de Doutora em Artes Cênicas nesta universidade em janeiro de 2016, e a convalidação/ reconhecimento do título na UNIRIO, em 2018/2019.
Portanto, meu trabalho com os elementos estéticos, simbólicos, arquetípicos e culturais me leva a realizar essa aproximação com a sociedade, de modo transversal. Desse modo, o projeto surgiu primeiro com «Saudade: Diálogos com o Mar» e pretendia explorar o componente vivencia da imigração. Este foi o gérmen do projeto.
Logo, quando discutimos a possibilidade de realizar nos canais da FIBRA uma homenagem a Iemanjá, já que eu havia desenvolvido temas como «Intolerância religiosa», «Diálogos Inter-religiosos», propus trabalhar junto a questão da imigração, pois ali somos tod@s imigrantes em diferentes países. Coincidentemente, o Érmeson Vieira já havia pensado sobre esta questão, anos atrás, com o mesmo caráter testemunhal/vivencial que eu havia pensado antes, e começamos a trabalhar juntos. O resultado é o que vocês verão na live.
Criterios para a inclusão de participantes
Me perguntaram isso, e a resposta é muito simples, o critério foi ser imigrante brasileira ou brasileiro, porque o programa é em português. Os critérios de igualdade que utilizei foi procurar incluir mulheres e pessoas negras, assim: imigrantes, mulheres, homens, pessoas negras e não negras estão incluídas aqui.
Com relação à questão do Orixá, não se trata de um evento litúrgico, porém me baso nos conhecimentos que possuo, e na autonomia dos meus 31 anos de iniciada, além, do domínio teórico que supõe haver realizado um doutorado neste campo. Este projeto entra na linha da Poética de Orixás, que venho trabalhando também a anos.
Como o desenvolvimento do projeto se dá no âmbito cultural, por isso, não houve a necessidade de convidar outros sacerdotes, algo que posso fazer em futuros projetos, e tenho feito, com a discussão da intolerância religiosa.
O que veremos na live
O teor desde projeto não foge ao proposito original, pois tanto Érmeson como eu, somos artistas. Ele em cinema, eu em artes cênicas. Portanto, nosso olhar é sensível ao fenômeno e ao caráter vivencial da experiência de imigração, também vivida por nós. E tudo isso dentro do contexto arquetípico de Iemanjá: mar, comunidade, família, vínculos e sobrevivência.
Assim, teremos a discussão sobre imigração desde o ponto de vista das pessoas que imigraram, das que retornaram, o contexto sociológico, a saúde mental, os processos de regularização, a experiência humana. Ou seja, não será uma conferência e sim o compartilhamento de vivências, aberto a preguntas, porque será com transmissão direta pelos canais do Facebook e do YouTube da FIBRA-Frente Internacional Brasileira Contra o Golpe.
Minha experiência com o tema Imigração
Para concluir, ressalto que minha experiência com a imigração parte do fato de ser imigrante.
Além de ter formalizado nos Estatutos do Colectivo Venus Urania Asociación Cultural y Artística, entidade da qual sou fundadora, este coletivo como prioritário.
Exerci, também, o cargo de Presidenta do Conselho de Cidadania Brasileira em Madri, 2016-2018; tendo sido também Secretária da mesma entidade na gestão anterior, 2014-2015.
O Conselho de Cidadania Brasileira em Madri, atualmente inativo, era um órgão de representação cidadã vinculado ao Ministério de Relações Exteriores do Brasil, ou Itamaraty, que atuava como interlocutor entre a comunidade brasileira e as representações consulares, dentro do conceito de DIPLOMACIA PÚBLICA. Logicamente, aprendi muito com essa atividade, pois conheci enumeras carências que nos afetam como imigrantes.
Links para assistir ao vivo
FACEBOOK: @FIBRAfrenteinternacional
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YouTube: @FIBRAfrenteinternacional
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HORARIO:
17 HS (BRASÍLIA) | 20 HS (TEMPO UNIVERSAL) | 21 HS (MADRID)